[#Dicas] 4 dicas para superar aqueles desafios complicados da vida.
6.5.20
Um aspeto
fascinante da vida é que é composta por momentos de grande felicidade mas
também de desafios, que por vezes parecem bem maiores do que nós, mas com os
quais acabamos inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, confrontados.
No entanto, tudo o que é desafiante tem sempre uma aprendizagem associada. Só temos de ser capazes de dar a volta à situação. Por vezes, o desafio é mesmo esse – dar a volta. Manter a motivação para ir contra princípios ou ideais pode ser desafio, enfrentar problemas de gigante é muito desgastante, e acabamos a dar por nós a questionar se vale mesmo a pena.
No entanto, tudo o que é desafiante tem sempre uma aprendizagem associada. Só temos de ser capazes de dar a volta à situação. Por vezes, o desafio é mesmo esse – dar a volta. Manter a motivação para ir contra princípios ou ideais pode ser desafio, enfrentar problemas de gigante é muito desgastante, e acabamos a dar por nós a questionar se vale mesmo a pena.
Eu enfrentei
uma dessas situações, e acabei por recorrer a quatro filosofias – chamemos-lhe
assim – para conseguir manter a motivação e continuar a minha jornada para a
frente sem (muitas) recaídas. E agora partilho convosco!
Elimina tudo o que te relembra esse processo
Aquele ditado que diz “Olhos que não veem, coração que não sente” tem muita verdade, em especial quando falamos de coisas que nos magoam ou trazem tristeza. O ser humano tende a focar-se muito nos aspetos negativos, em vez dos positivos. Podemos acertar 99 vezes e errar 1, mas o foco será sempre nesse 1 negativo.
Por
isso, de estar a superar algum momento particularmente difícil, será bom
livrares-te ou esconderes coisas que te relembrem dessas dificuldades. Pega nos
objetos que te recordam dessa amargura, nas mensagens que te partem o coração,
ou até das fotografias que te colocam lágrimas nos olhos e deitar tudo fora, ou
esconde num sitio onde não te sintas tentado(a) a ir ver nos momentos em que te
fores abaixo.
Para
mim, pegando no meu exemplo, uma coisa que fiz foi ver-me livre de toda a roupa
que me deixou de servir durante a minha recuperação. Isto trouxe-me duas coisas
boas: Primeiro, uma vez que fiz este processo de forma consciente, não tive
aquele choque do “de repente as minhas calças favoritas deixaram de me servir…
tenho de perder peso!” que me poderia levar a voltar atrás em toda a
recuperação. Um dia, fui para o meu quarto e peguei em tudo o que sentia que já
me ficava apertado e coloquei num saco e nem pensei mais no assunto. Segundo:
Peguei nesse saco e doei as roupas. Isto fez-me sentir que não só me estava a
ajudar a mim, como poderia estar a ajudar alguém em necessidade. Só espero que
as roupas acabem nas mãos de uma adolescente porque aqueles tamanhos não são,
de todo, de uma pessoa adulta!
As
teorias que fundamentam o sucesso do reforço positivo são muito interessantes,
e se formos ver bem, nós aplicamo-las consciente ou inconscientemente no nosso
dia-a-dia. “Foste promovido no trabalho! Vamos todos jantar fora para
celebrar!” ou “Está aqui um chocolate para te dar boa sorte para a
apresentação” são apenas alguns exemplos que nós aplicamos no mundo real e que
realmente fazem bem.
Mas
porque não aplicar os mesmos princípios a nós próprios? O reforço positivo
ajuda bastante a encontrar motivação e é muito mais fácil aplica-lo do que
parece. Pensa em algo que gostes muito – seja um bem material, uma experiência…
tudo vale! E agora pensa num objetivo que queiras muito concluir. A equação é
muito simples: cumpre o objetivo, conquista a sua celebração! Por exemplo, se o
teu objetivo é fazer 3 refeições vegetarianas por semana, e algo que queres
muito é experimentar aquele Brunch famoso, compromete-te que, na semana que
vem, irás fazer essas 3 refeições e, caso cumpras, celebras indo no
fim-de-semana ao Brunch! Este exemplo é um pouco tolo mas… dá para perceber a
ideia.
Eu fiz
isto comigo própria. Algo que queria muito fazer era pintar o cabelo de rosa.
No entanto, nunca tinha tido coragem de o fazer. Quando adoeci, comprometi-me
que, quando atingisse um valor de IMC que me tirasse do perigo de ser internada
iria pintar o cabelo de rosa… e assim o fiz!
Por
muito que gostássemos que, com um estalar dos dedos, tudo ficasse resolvido,
infelizmente a vida não funciona assim. Na verdade, como se diz
corriqueiramente, “A pressa é inimiga da perfeição”, e portanto é de elevada
importância respeitar os tempos de nós próprios.
No
entanto, é de igual importância avaliarmos a nossa caminhada. Não importa se
ainda não chegamos ao fim; mas temos de nos lembrar que já não estamos no início!
De forma geral, os primeiros passos são sempre os mais difíceis, e as coisas
aos poucos se vão simplificando. Isto é um facto. Outro facto é que ao
percebermos que já não estamos no lugar onde estávamos, tomarmos consciência de
que não queremos voltar para lá. Isto dá-nos um sentido de conquista e acaba
por nos motivar um pouco.
Na
minha recuperação, quando iniciei o processo, achava-me a maior. Tinha imensa
energia, não me achava magra, não me achava doente – para mim, eu estava bem
como estava e o mundo inteiro estava errado. Custou-me horrores ir contra todos
os princípios e regras que me controlavam naquela época. Para ser franca, ainda
hoje tenho dias mais complicados e coisas com as quais tenho que lutar. No
entanto, ao olhar para trás, vejo que aquele sítio em que estava não é de todo
um sítio onde quero voltar. Aquilo que eu pensava naquela altura não era
verdade: estava ridiculamente magra, doente, à beira de algo de muito mau
acontecer; estava dormente, não vivia, nada. Mas só consegui ter esta perceção depois, ao
avaliar o meu progresso.
Enquanto
desafiados pelas circunstâncias da vida, muitas vezes damos por nós a
questionarmos tudo. “Será que vale a pena mudar?”, “Porque é que eu estou a
fazer isto?”. Nem sempre a resposta é clara, e isso deita-nos abaixo. Por vezes
temos as expectativas tão altas que, uma vez que os resultados demoram,
perdemos a motivação.
Mas a
verdade é que nestas alturas o mais importante é relembrarmos o porquê de
termos começado determinada caminhada. Vamos supor que te despedias do teu
trabalho porque eras maltratado no teu local de trabalho, mas não conseguias
encontrar um trabalho com um ordenado semelhante. Claro que te irias sentir
frustrado, arrependido e irritado com a situação. Mas será que ter um ordenado
maior compensa o facto de te sentires mal no local onde trabalhavas
anteriormente? É mais ou menos este o raciocínio.
Este
foi um dos pontos que mais trabalhei na minha recuperação. Isto porque muitas
vezes não encontrava as respostas aos meus porquês. “Porque é que toda a
sociedade romantiza a perda de peso como se fosse a melhor coisa do mundo e eu
agora tenho de ganhar? Vou ficar gorda num mundo de magros e vou ser miserável!”.
A última parte desta frase não poderia estar mais errada. Perder peso para mim
era como comer açúcar as colheres para alguém com diabetes – era a minha morte.
As minhas circunstâncias não são as mesmas que as das outras pessoas, logo as
minhas soluções não serão as mesmas. Ganhar peso era o meu objetivo porque para
mim significava voltar a viver. Eu tinha de me relembrar constantemente disto e
não era nada fácil… mas com o passar do tempo tornou-se algo muito presente na
minha mente.
Estas quatro “dicas” ajudaram-me
bastante durante a minha recuperação e espero que também te possam ajudar. E
tu? Tens alguma estratégia para lidar com aqueles desafios mais complicados que
surgem na vida?
8 comentários
Adorei os conselhos! Por vezes não é assim tão linear, mas há que fazer sempre um esforço para dar a volta por cima!
ResponderEliminarBeijinhos, I'm Patrícia Silva!!
Não é de todo linear :) Nós temos é de ir tentando tornar tudo mais simples :D
ResponderEliminarUm beijinho querida*
Tudo se consegue, basta nós acreditarmos. Gostei das tuas dicas :D
ResponderEliminarTenciono cá voltar para ler mais artigos e conselhos teus
Tens toda a razão!
ResponderEliminarE nem imaginas o quão feliz fico por saber que gostaste! Vou tentar continuar a trazer conteúdo que seja interessante.
Muito obrigada! Um beijinho *
Olá, querida!
ResponderEliminarGostei muito das tuas dicas! Aliás, o mais tenho feito é tentar eliminar os excessos cá por casa e, tentado pensar se preciso mesmo daquilo para viver. Este, é como dizes e bem, um período de reflexão e, é um quanto bastante para pensarmos no como e porquê das coisas.
Um beijinho
http://tudosoblinhas.blogspot.com
Por vezes uma limpeza fisica (do nosso espaço, das nossas coisas...) traduz-se também numa limpeza emocional e espiritual, se me permites que use esse termo :) faz muito bem e ajuda em todos os outros campos da nossa vida!
EliminarUm beijinho grande *
Nem tudo da para se comemorar, mas com certeza é dando tempo ao tempo para tal situação não te fazer mal e não acabar atrapalhando o seu cotidiano ou seu psicologico. Mas as dicas são ótimas curti muito parabéns. Beijos!
ResponderEliminarhttp://avidaemepisodios.blogspot.com/
Exacto... A mensagem que eu queria transmitir é que devemos celebrar as nossas pequenas conquistas e vitorias! Por mais pequenas ou insignificantes que pareçam, todos os passos que fazemos para enfrentar um desafio são passos de gigante :)
ResponderEliminarUm grande beijinho e obrigada!