[#Reflexão] Little life update
23.9.17
Eu sempre adorei estudar. Não no sentido literal de passar
horas a “marrar” nos livros – coisa que eu odeio e não sou capaz de fazer
porque tenho o mesmo período de concentração que um peixinho dourado – mas no
sentido de estar constantemente a aprender e a enfrentar desafios e perspetivas
de coisas sobre as quais nunca tinha refletido, e ter a capacidade de
desenvolver trabalho a partir desses desafios.
Posto isto, a minha mais recente dor de cabeça chama-se:
Dissertação de mestrado.
Para os que me seguem no Instagram, já devem ter lido as minhas mil e uma queixas e reclamações acerca deste tópico porque, sejamos sinceros, há duas semanas que tudo o que eu faço na minha vida diária é preparar pequenos almoços e fazer coisas relacionadas com a minha tese.
O problema aqui é que, dentro de mim, juntaram alguém que é
perfecionista e que fica frustrada com facilidade – uma combinação dos diabos,
se me permitem a expressão – mas que é extremamente desorganizada e que deixa
tudo para a ultima hora. Resultado: a data limite da entrega da dissertação é
dia 29 de setembro e, como se não fosse óbvio, ainda faltam mil e uma coisas
para fazer.
Acho que as pessoas que já passaram por esta depressão académica, mesmo as mais organizadas, vão dizer que é normal. E eu acredito que seja. Mas neste momento eu ando tão exausta que só quero que isto acabe…
Anyways, além da tese, nos últimos dois dias aconteceram algumas coisas interessantes!
Na quinta-feira (dia 21), pela primeira vez, fui a um Simpósio (sobre nutrição e embalagens) onde, em conjunto com a minha orientadora de tese e o meu colega de tese e amigo, fomos apresentar um poster. Para aqueles que não são de ciências e que não estão muito a par destas andanças (como eu era há coisa de um ano antes de me aperceber como é que estes negócios da ciência funcionam), um poster nestas situações é um bocadinho mais relevante que aqueles que as teenagers têm no quarto com os ídolos delas. Estes posters são uma das formas de apresentar o nosso trabalho desenvolvido, tal como são as comunicações orais, as publicações cientificas, etc etc.
Além de ser sempre um momento de aprendizagem e discussão de ideias, os simpósios, congressos, e todos esses ajuntamentos de pessoas que discutem os mais diversos assuntos, têm uma coisa que eu adoro, e que, só por isso, faz tudo valer a pena.
(até vou dizer em caps, porque é mesmo um momento especial)
COFFEE BREAKS
Eu vivo para os coffee breaks, como vivo para os pequenos
almoços de hotel – no joke. Neste
simpósio, tivemos 3 pausas de refeição: dois coffee breaks e uma degustação ao
almoço, de uma empresa de processamento de peixe. FOI TOP!
Deixo-vos aqui algumas fotos, só para verem o requinte! (e
babarem um bocdinho)
Na sexta-feira (dia 22), foi um dia um pouco mais soft.
Porquê? Os meus pais vieram cá a lisboa! YAAAAY
A verdade é que, assim que os vi, tive um mega break down e desatei a chorar – isto porque ando exausta, tensa, sob pressão e, por muito que queira ver as coisas de uma prespectiva positiva, ás vezes parece que carrego o mundo às coisas (e de facto carrego, mas é só o meu mundo) e tive de deixar essas más energias sair. Ah, e precisava muito de mimo de pais.
Eu devo um grande pedido de desculpas aos meus pais, porque eu ando irritável e explosiva, e no fundo são eles que acabam por levar por tabela, apesar de não merecerem NADA isso. Mas eu tenho os melhores pais do mundo e sei que no final vai ficar tudo bem.
Passando à frente...! Acabamos por ir ao IKEA.
Eu não ia a essa loja desde que entrei na licenciatura (portanto, já fez 5 anos) e portanto já me tinha esquecido o quão cansativo é andar lá ás voltas pela loja. E também já me tinha esquecido o quão frustrante é ver tanta coisa gira e pensar “ah, quem me dera ter uma casa…” mas na verdade precisava de ter 4 ou 5 para decorar com todas as coisas que eu vi e gostei (E é por isso que jogar SIMS é 1000 vezes mais económico que investir numa casa). Precisava de comprar um módulo de gavetas e, depois, cometi o erro (ou não) de dizer ao meu pai que “Papi, não precisas de montar! Eu monto! Não me parece assim tão difícil!” Pois sim, não é nada difícil… Vou passar a citar as minhas dificuldades:
- Não conseguia levantar a caixa do chão
- Não conseguia colocar os parafusos nos sítios
- Não conseguia manter as laterais do móvel direitas, sozinha
- Não conseguia encaixar as gavetas nos encaixes
E aqueles manuais de instrução, muito simplificados, também
não são propriamente fáceis de entender… ou sou eu que sou muito ignorante?
Enfim, a minha roomie lá me ajudou e, no momento em que lerem isto, provavelmente já conclui essa tarefa também!
E pronto… acho que é tudo.
Confesso que me sinto um bocadinho triste por não escrever aqui com mais frequência, mas… há prioridades na vida e, neste momento, a minha vida é a minha dissertação e eu quero mesmo fazer o melhor trabalho possível – Mas eu já vejo a meta lá ao fundo e vou atravessá-la com sucesso!
Fiquem bem, docinhos!
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