[#Reflexão] É Natal, é Natal, não contes calorias~
25.12.17
Hoje venho fazer um serviço
público. Venho numa missão que é especialmente dirigida para mim própria mas
também pode ser dirigida para algum de vocês que tenha sofrido do mesmo mal que
eu.
E vou começar com uma questão: porque
raio é que o Natal está sempre associado ao ganho de peso, aos excessos, às
calorias a mais, a um drama sem fim? É verdade que esta época do ano é
caracterizada por doces, fartura, mesas cheias de comida… Mas isso é agora, e
foi no tempo dos Afonsinhos!
(Ou talvez não… eu não estava lá, mas vocês percebem a
ideia)
O Natal já tem uma conotação tão negativa a nível de alimentação que ninguem consegue ficar indiferente. A comunicação social em geral, as
revistinhas das fofoquices, a televisão, e em especial as redes sociais estão
constantemente a bombardear as pessoas com informações contraditórias que fazem
com que qualquer um fique com um nó no cérebro.
“É uma época do ano de festa! Tens de aproveitar e estar com os teus e
esquecer as macros e as calorias”
Mas
“Não podes deitar tudo a perder, apesar de ser um dia especial tens de
te controlar”
Mas
“O importante é estares feliz, esquece aquilo que deves comer e come
aquilo que te dá prazer”
Mas
“Já que cometestes os excessos, tens aqui 6 sugestões para compensares:
aumenta a intensidade do treino, come menos hidratos no dia a seguir…”
A verdade é que não se deve
cometer excessos, nem no dia de Natal, nem no dia de Ano Novo, nem no dia 29 de
Fevereiro (que mesmo sendo só uma vez a cada 4 anos), nem nunca, mas lá por
comeres 3 rabanadas, 1 azevia e 1 fatia de bolo rei, não tens de ir a correr
para o ginásio no dia a seguir correr 3 horas que nem louco para queimar os
doces. Tal como não irias se comesses 1 quilo e meio de salada. É mais
excessivo comer 3 quilos e meio de salada todos os dias que comer 3 rabanadas, 1
azevia e 1 fatia de bolo rei no dia de natal. (Atenção: Nada contra quem come salada, é só uma força de expressão - Eu amo saladas e como por prazer!)
Porque é que eu estou
a escrever estas coisas todas que todos nós já sabemos?
Porque eu ontem, enquanto estávamos
a preparar o jantar da consoada e os doces para a ceia dei por mim em conflito
cerebral. Fiz um esforço monstruoso para não adulterar os doces que ajudei a
minha avó a fazer (no entanto, uns “Isso é açúcar a mais!”, umas limpadelas
desesperadas para absorver o óleo excessivo e umas alteraçõezinhas na proporção
de açúcar e canela nas rabanadas foram feitas), tentei não gritar à minha mãe
para parar de por azeite na comida porque já era mais, e pensei trinta mil
vezes se valia mesmo a pena comer aqueles doces (acabei por só comer 2
rabanadas e 1 pedaço de aletria – que, a propósito, valeram imenso a pena e
ainda bem que não comi mais rabanadas pois sobraram para o pequeno almoço),
tudo isto porque estas informações excessivas e loucuras das dietas e do
fitness eram como um “anjinho” e a minha vontade de comer e desfrutar eram o “diabinho”…
ou será que era ao contrário?
Com isto, o que eu quero é que
sejam felizes e equilibrados (eu queria cumprir isto a 100% mas só cumpri aí uns
70%) e não fiquem paranoicos como eu.
E se querem aproveitar bem a
vossa passagem de ano, felizes e sem macacos no sótão (como a minha mom diria)… desliguem-se das redes
sociais e desfrutem!
Ah, e para terminar em bom tom…
Fica aqui o meu jantar de natal (qualidade duvidosa mas o que conta é a intensão), na companhia dos meus avós e dos meus pais,
porque noites assim são mágicas e o amor e carinho que partilhamos nestes
momentos não têm preço!
Bónus: A árvore de natal improvisada da avó :b
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