[#Reviews] Buçaco Adventures (Pt.II): Jantar Real

2.3.18


                No post anterior falei-vos do meu fim de semana “surpresa” na mata do Buçaco. Na verdade, as surpresas não ficaram por aí! 
                No sábado à noite, os meus pais e eu jantamos no restaurante do hotel onde ficamos hospedados. Os jantares (e os almoços também) são servidos na mesma sala que os pequenos almoços, sendo este um espaço amplo, requintado e digno de um filme!

                Este jantar foi especial por várias razões: foi o meu jantar de aniversário junto à minha família e foi a primeira vez que posso dizer que comi num restaurante verdadeiramente gourmet (e por gourmet entenda-se pratos enormes, conteúdo reduzido, preço assustador). Mas quero partilhar convosco a minha experiência!
                Reservamos a mesa para as 20h e fomos os primeiros a chegar ao restaurante. As mesas estavam postas com copo de água, copo de vinho, guardanapos de pano… enfim, todos aqueles pormenores que por muito que digamos que são só detalhes insignificantes nos agradam bastante.

                Para entrada, serviram-nos espumante, pão (podíamos escolher entre broa de milho, pão de centeio, pão com passas, pão de sementes… enfim todo um mundo de pão), e azeite aromatizado com frutos secos para molhar o pão. Agora digam-me: se isto não é fancy, o que é que é?
                O menú inclui entradas, sopas, pratos de carne e peixe, pratos vegetarianos e sobremesas – todas com grandes nomes pomposos que mais se assemelhavam a bulas de medicamentos… okay brincadeirinha :b
                Pedimos 3 pratos diferentes pois esperávamos poder partilhar: a minha mãe foi para um prato de peixe (Lombo de bacalhau, molho de carabineiro, açorda de alho, couve portuguesa), o meu pai para um prato de carne (Leitão de 24h, cenoura de escabeche, empadinha de cabidela, alface bebé grelhada) e eu para um prato vegetariano (Medalhão de lentilhas, legumes verdes salteados com segurelha). Deixo-vos os nomes pomposos e as fotografias por ordem para degustarem com os olhos!
                Anyways, acho que a reação que tivemos ao ver os pratos foi a mesma: olhamos para o prato, entreolhamo-nos, voltamos a olhar para o prato e depois rimo-nos. Os pratos realmente eram grandes, mas o conteúdo era mínimo – o verdadeiro gourmet. O meu prato tinha, por baixo do medalhão, 3 ou 4 vagens de ervilhas (sem ervilhas lá dentro), um mini pepino cortado em 4 para parecer muito e um espargo. O prato da minha mãe tinha um quarto de posta de bacalhau, mas depois compensava na açorda. O do meu pai era o mais compostinho, mas a mini-empada metia pena de comer por ser tão adorável.
                Mas sabem qual é a parte curiosa disto tudo? De facto, no dia-a-dia estamos habituados a pratos cheios, tanto que estes partos super elaborados mas sem quantidade nos davam vontade de rir. No entanto, eu fiquei saciada com aquela quantidade de comida, e os meus pais também, e experimentamos todos os pratos. Mas está claro que pagar uma fortuna por um pratinho mínimo dói um bocadinho na alma – mas uma experiência é sempre uma experiência e eu nunca iria saber como era este tipo de restaurante se não tivesse experimentado. Além disso, duvido que vá repetir nos próximos 24 anos por isso estou com a consciência tranquila!

                Relativamente às sobremesas, pedimos também 3 diferentes: o bolo opera, a maçã reineta, chocolate, caramelo e frutos secos, e o pudim Abade de Priscos, espuma de especiarias e esponja de frutos vermelhos (mais uma vez, as fotos vão surgir por esta ordem). Desta vez não ficamos surpreendidos com a quantidade de comida, e dividimos as sobremesas também para experimentarmos todas. Das 3, a que gostei mais foi o pudim! A tal esponja de frutos vermelhos não passa de um gelado, mas com um nome pomposo. O bolo opera é um bolo por camadas com chocolate e vem acompanhado também com uma “esponja” mas de laranja (confesso que não gostei desta, mas gostei da outra). Quanto à maçã… ainda estou à espera de ver a maçã porque aquilo era uma espécie de semi-frio e a única coisa de maçã que tinha era o pedúnculo – mas era bom em termos de sabor e aquele chocolatinho por fora era top!

                Posto isto, gostaria de falar de mais umas coisinhas. Bem, eu não bebo bebidas alcoólicas mas os meus pais beberam vinho e o empregado de mesa estava constantemente a passar para servir o vinho sempre que os copos começavam a esvaziar. Além disso, em termos de serviço e de delicadeza para com o cliente, acho que nunca fui tão bem tratada na minha vida. Foi, realmente, uma experiência de estrela de cinema. O empratamento de todos os pratos foi feito com extremo cuidado e elegância, e só tenho pena da luz não ser a melhor porque aqueles pratos eram dignos de fotografar mil vezes.
              E por fim… não, não fiquei com fome! Fiquei satisfeita e mais enriquecida com uma nova experiência!

(Mas não vou repetir esta aventura em breve, não eheh)

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