[#Reviews] Tasting Lisboa: Jardim dos Sentidos

12.7.18

Que eu sou amante de comida saudável, não é propriamente novidade para ninguém. Gosto de um bom hambúrguer, gosto de pizza ou pasta, mas vou sempre preferir a saladinha, a comida leve, a refeição saudável (exceto se estivermos a falar de doces… aí esqueçam mesmo!). Portanto, quando tenho oportunidade de visitar locais que tenham um conceito gastronómico mais saudável,  agarro-a com as mãos, os pés… tudo!


Nas minhas pesquisas para encontrar um local onde poderia desfrutar de um bom almoço de Sábado com a minha mãe, descobri o Jardim Dos Sentidos – um restaurante vegetariano que fica junto à Avenida da Liberdade e que alia o conceito de alimentação saudável com terapias alternativas, num espaço que me pareceu bastante interessante. Como a minha mãe se interessa muito por este tipo de coisas, achei que seria um restaurante com um conceito muito interessante para a levar. E então lá fomos!
Realmente, o nome faz jus ao espaço – O restaurante é amplo, tem uma sala interior mas de facto o que se destaca é o jardim que fica nas traseiras, que está muito bonito e bem cuidado e onde se pode desfrutar de uma refeição em modo zen. Todo aquele espaço transpira tranquilidade – desde a musica, ao espaço em si, à calma e simpatia do staff… até o uniforme do staff lembra um pouco aquelas roupas utilizadas por funcionários de Spas, o que também tem efeito relaxante.
No Jardim dos Sentidos pode-se fazer tudo: desfrutar de uma refeição, desfrutar de um tratamento de medicina alternativa… ou desfrutar de uma combinação dos dois, num dos packs que eles têm à disposição do cliente! Eu infelizmente não experimentei (ainda!) a componente das medicinas alternativas, mas posso falar em termos gastronómicos!
Relativamente à comida, o Jardim dos Sentidos é um restaurante vegetariano que funciona de maneira particular: ao almoço, é buffet (e o preço varia entre o buffet semanal e o buffet durante a semana, bem como a variedade de pratos disponíveis, que também varia de acordo com o preço), e ao jantar é à la carte. Como disse anteriormente, fui lá almoçar, mas assumo que ao jantar, depois de escurecer, aquele jardim se torne mágico com velas acesas, grinaldas de luzes e toda uma calma e tranquilidade a pairar no ar. No buffet de almoço, as bebidas e a sobremesa não estão incluídas (pelo menos ao Sábado).
                Querem saber mais detalhes? Bora lá!


A Comida

                O Jardim dos sentidos oferece uma grande variedade de pratos quentes e frios, e ainda uma opção de sopa, e os clientes podem repetir as vezes que quiserem! Todos os pratos são vegetarianos, como referi anteriormente, e muitos deles são receitas que tradicionalmente são associadas a pratos de carne mas em que a carne é substituída por tofu ou outro produto à base de soja.
                Eu experimentei quase todos os pratos que estavam à nossa disposição, o que me levou a fazer duas rondas pelo buffet e a voltar sempre de prato cheio. Não vou falar de todos em detalhe porque foram mesmo muitas coisas diferentes e alguns já não me lembro os nomes mas houveram alguns pratos que se destacaram!
Um dos pratos que mais gostei foi o tomate recheado – alem de ter a sua piada ver a comida servida num tomate, o interior sabia tal e qual a carne à bolonhesa, com a diferença de não ter carne. Era maravilhoso! A chamuça de soja também era bastante boa, apesar de a ter achado um bocadinho mole – faltava um certo crocante na massa exterior.
Provei também a feijoada que combinei com arroz basmati, que é um classico e que nunca falha! Havia também um prato com quiabos e soja que eu provei pois tinha muita curiosidade em relação aos quiabos que já não me lembrava a que sabiam, mas sabia que já tinha provado – e gostei bastante!
Relativamente aos pratos frios, aqui foi onde abusei mais! Havia uma mesa só dedicada à chamada comida de coelho que eu tanto gosto, com diferentes saladas de folhas verdes, beterraba, batata… tudo e mais alguma coisa! E ainda tinham húmus com mini bolos do caco coloridos, e eu tive de experimentar o verde (que assumo que seja de espinafre) e o rosa (que deve ser de beterraba) só pelo facto de terem cores bonitas!
Para temperar as saladas, tinham 4 molhos à disposição. Eu experimentei dois deles: o cor de rosa de beterraba e coco que honestamente não tinha um sabor muito intenso mas tinha uma cor linda, e o de manga que era picante mas era super bom (na fotografia, é o que está mais à direita).
Confesso que achei que comi demais, mas o facto de ser um tipo de comida leve e plant based não me deixou com aquela sensação de enfartamento que por vezes acontece após uma refeição mais volumosa!


A Bebida

                Tenho de destacar as bebidas neste restaurante por duas razões: a primeira é que todos os dias há um sumo do dia além dos sumos que já estão contemplados no menu. No dia em que lá fomos era de ananás e laranja. Este sumo era absolutamente delicioso – era um sumo rico e notava-se perfeitamente que era natural! Era pulposo, quase que se mastigava mas sem ser demasiado denso… era perfeito!
                Mas o sumo foi para a minha mãe, eu apenas provei. Para mim, eu pedi água e serviram-se uma garrafa de vidro super bonita com uma água “especial” – Água alcalina ionizada antioxidante – que aparentemente é filtrada no momento antes de ser servida e que tem algumas particularidades diferentes da àgua normal!
                Ora… se tem realmente propriedades especiais ou não, não sei, mas que me soube bem, soube! A garrafa era de 75cl e eu bebi aquilo quase tudo sem dar conta – e eu sou daquelas pessoas que nem bebe muita água!
                De qualquer das formas achei a garrafa e o conceito muito giros e tinha de destacar esta parte da experiencia!


A Sobremesa 

                Ora, depois de tantas coisinhas saudáveis e aguinha especial… tinha de vir a desgraça!

                Na verdade, não é desgraça porque foi algo que me deu imenso prazer e à minha mãe também, e por isso não deve ser associado a uma palavra com uma conotação tão negativa! Aliás, se um alimento ou uma determinada refeição nos faz feliz, mesmo que não caiba dentro dos padrões do que se considera “saudável”, na verdade não o deixa de ser pois é um algo que dá prazer e trás felicidade!
                Mas, depois desta pequena reflecção, apresento-vos o momento decadente (no bom sentido) da nossa refeição – o Fondue de Chocolate!
                Já não me lembro da última vez que me deliciei com algo assim! Veio então o chocolate aquecido com uma pequena lamparina, com morango, banana, kiwi e uvas para mergulhar naquela indulgencia e saborear com o maior gosto da vida a melhor combinação alguma vez criada pelo Homem: chocolate e fruta! Ainda por cima, o chocolate era negro, com aquele toque amargo que eu tanto gosto…!

                Só de pensar já estou a salivar!


Para terminar...

                Pois bem, meus queridos, esta foi a minha experiencia no Jardim dos Sentidos: relaxante, prazerosa, e que me deixou muito, muito, muito feliz! Para quem é amante de comida saudável, vegetariana, ou que simplesmente gosta de locais calmos e experimentar coisas novas, este é, sem sombra de dúvida, um local a marcar nos vossos roteiros gastronómicos que não se vão arrepender certamente.

                Eu, de certeza absoluta, que irei voltar!

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