[#Reviews] Tasting Lisboa: Cartel 36
8.10.18
Num dia
em que queria arriscar num restaurante que me oferecesse um bom prato de carne,
fui seduzida por um local perdido numa das zonas que mais gosto de Lisboa. O
seu nome é Cartel 36!
Não sei
qual é a origem do nome, mas há muitos detalhes no restaurante que remetem para
os carteis de droga da América, o que não deixa de ser um tema interessante e
curioso para um restaurante!
Mas,
sem mais demoras… vamos ao que realmente interessa!
O espaço
O
Cartel 36 fica perdido no meio dos prédios na zona do Parque das Nações e, se
forem distraídos como eu, provavelmente nem reparam naquela pérola escondida da
cidade de Lisboa. O Restaurante não é muito grande – e até aconselho que
reservem mesa como fiz não vá o diabo tecê-las – mas está cheio de
personalidade! Com um visual moderno e bastante casual, encanta os clientes.
À
entrada tem um balcão onde preparam as bebidas e alguns peticos, e
imediatamente à esquerda há um pequeno lounge com uns sofás, que provavelmente
é uma zona de espera no caso de o restaurante encher, ou um local para
desfrutar de uma bebida sem as formalidades que uma refeição implica.
O
restaurante não tem muitas mesas, o que de certa forma é bom – acaba por não
encher demais o que permite degustar uma boa refeição num ambiente tranquilo e
com um serviço mais personalizado e atencioso, algo que qualquer pessoa aprecia!
A comida
O
conceito do restaurante é de partilha – que foi o que nos explicaram logo ao
recebermos a ementa. A ementa não é muito extensa e inclui algumas entradas –
incluindo o Cartão de Visita que é, justamente, o cartão de visita do
restaurante, consistindo numa linha de azeite em pó com o intuito de simular
que é… bem, vocês sabem o quê -, diferentes proteínas em que o maior foco é a
carne, apesar de haverem opções de peixe também, diferentes acompanhamentos e
também sobremesas.
Para
começar a refeição, pedimos um creme de legumes. Não tenho por habito comer
sopa fora de casa, no entanto desta vez decidi arriscar e ainda bem que o fiz! Esta
sopa era extremamente aveludada e o empratamento era feito com gosto – como,
aliás, pude observar em todos os pratos. Vinha com um fio de azeite aromatizado
com alho e coentros (pelo que consegui identificar pelo sabor) e umas folhinhas
no meio.
De
seguida, atacamos as proteínas e os empratamentos! A ideia era comer carne, e,
por isso, optamos por dois pratos de carne e dois acompanhamentos. E nenhum nos
desiludiu!
Começamos
com as bochechas de vitela que vinham servidas com um molho absolutamente
delicioso de tomate. A carne estava muito tenra, desfazia-se como manteiga ao
toque do garfo – como se tivesse sido cozinhada lentamente – e estava cheia de
sabor! Fiquei apaixonada.
A
segunda proteína que pedimos foi o Marget de pato – que foi uma surpresa para
mim! Vem uma porção de pato fatiada, em que o interior vem praticamente cru mas
a parte exterior vem bem cozinhada. A parte da pele, apesar de eu não apreciar
muito – vem crocante e aposto que aqueles que adoram esta parte da carne se vão
deliciar! O pato vem acompanhado com um molho de laranja que combina muito bem
com a carne (mas eu confesso que acabei por provar o pato também com o molho
das bochechas e fica bom também!).
Para
acompanhamentos, fizemos opções mais saudáveis! Primeiramente pedimos uma
Salada verde em que tudo, de facto, é verde! Feita com alface bem crocante e
temperada com o mesmo azeite aromatizado que veio na sopa, é um acompanhamento
que equilibra a refeição e traz frescura!
Por
outro lado, pedimos também os legumes grelhados que são uma maravilha! Têm um
toque de sabor defumado que é delicioso e vêm temperados com um fio de azeite
(ou assim me pareceu). É também uma excelente opção de acompanhamento para quem
quer fugir das típicas batatas fritas.
A primeira que experimentamos foi
o Insuflado de Chocolate, uma mousse muito airosa e fofa, de chocolate, que
derrete na boca e é basicamente maravilhosa. No fundo, vinha com bolacha
triturada que lhe conferia uma textura bastante agradável e aquele extra de
sabor.
A
segunda sobremesa que pedimos foi ainda melhor que a primeira – Chama-se O Doce
da Matriarca e, na verdade, nem perguntamos o que era, apenas pedimos e pronto!
E que agradável surpresa que foi! É também uma espécie de mousse um pouco mais
liquida mas muito cremosa, de sabor a caramelo, servida às camadas intercalada
com bolacha de chocolate triturada. Era
basicamente um pedacinho de paraíso numa colher… Só de pensar já fico a
salivar!
O serviço
Não
tenho muito para dizer acerca do serviço porque não tenho qualquer razão de
queixa! Chegamos ao restaurante à hora de abertura (que era a hora que tínhamos
reservado mesa) e fomos recebidos com um sorriso e com simpatia. Explicaram-nos
o conceito e foram bastante atenciosos enquanto nos ajudavam com o nosso
pedido! As bebidas foram servidas de imediato e a comida veio para mesa relativamente
rápido e toda ao mesmo tempo (excepto a sopa que veio primeiro!).
Simpatia,
qualidade e bom ambiente são palavras de ordem no Cartel 36!
Para terminar…
Fiquei
muito satisfeita com esta experiência no Cartel 36. Superou muito as minhas
expectativas, tanto na qualidade da comida, como em todos os detalhes que
tornam uma refeição especial – o atendimento, o empratamento…
Achei
também bastante justo o preço, uma vez que as doses são bastante bem servidas e
a comida é realmente deliciosa! Amantes de carne, recomendo vivamente esta
pérola! Mas não se esqueçam de fazer reserva eheh
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