Ainda parece que foi ontem que estávamos em Janeiro e… guess what? Já estamos a terminar o ano. Mas se formos pensar bem… não dizemos isto todos os anos?

                A verdade é que o tempo realmente passa a voar e muitas vezes nem nos apercebemos do quanto fizemos, do quanto passamos, das experiências que vivemos, das pessoas com quem nos cruzamos… Estamos tão em velocidade de cruzeiro que nem desfrutamos ao máximo cada instante e acabamos o ano a dizer “bolas, passou tão rápido”. Bem… pelo menos eu sou assim – muitas vezes dou por mim em piloto automático e as coisas vão acontecendo, os desafios vão aparecendo e eu vou vivendo, superando, aguentando e ultrapassando tudo o que se cruza comigo (pelo menos até agora foi assim).

                Por outro lado, este final de ano pede mesmo um momento de retrospecção e reflexão. É necessário parar, sentarmo-nos um pouco apenas na nossa companhia para avaliar o ano que passou, todas as aventuras e obstáculos que surgiram e principalmente como nos sentimos e como enfrentamos essas situações às quais fomos expostos.

                Este ano de 2018 foi uma aventura. Diria que, dos meus anos de vida adulta, se excluirmos o ano em que entrei na faculdade, foi o mais desafiante em muitos aspectos. Passei por muitos momentos bons, por muitas experiências que nunca pensei ter. Vivi experiências menos boas que, vendo bem agora, foram as que me fizeram crescer mais. Travei (e ainda travo diariamente) lutas que são ingratas, mas que irei vencer. Mas acima de tudo… vivi, aprendi e sobrevivi a este ano louco!

                No inicio de 2018 propus-me a escrever, todos os dias, num caderno, 3 coisas que estava agradecida nesse mesmo dia. De facto não cumpri esse desafio – ao invés, acabei por tornar esse caderno uma espécie de diário em que, numa pagina, descrevia os momentos chave do meu dia, fossem eles bons ou menos bons, e a forma como me sentia em relação a eles. Agora que o ano está a terminar vou ter a oportunidade de ler todos esses parágrafos que escrevi nestes 365 dias e pensar.

                Apesar de tudo, houveram algumas experiências que se destacaram durante 2018 – aqueles acontecimentos que foram mesmo algo marcante, que de certa forma mudaram a minha vida de uma forma mais evidente, e eu dividi-os em 3 categorias: Os Muito Bons, Os Bons e os Menos Bons. E isto porque há sempre um lado bom mesmo nas coisas negativas!

                E eu gostava de partilhar esses momentos chave de 2018 com vocês… Vêm comigo?

Se no inicio de 2018 me dissessem que iria ter um gato, eu iria rir e dizer “não gozes comigo”. Mas a verdade é que aconteceu! E num dia de Julho, cheguei a casa e tinha a Luna à minha espera! Já contei a história da Luna aqui, mas ela foi uma gatinha bebé resgatada que depois foi adotada pela nossa família. De momento, ela vive comigo em Lisboa, pelo que passa a maioria do seu tempo comigo, mas ela é de facto parte da família.

                Confesso que nunca pensei que isto acontecesse. Nem nunca pensei que me fosse apaixonar tanto por um bichinho de quatro patas. A verdade é que a Luna se tornou não só uma companhia para mim, mas acabou por me ajudar bastante em momentos em que as coisas estavam a correr menos bem para mim. Questiono-me todos os dias como é que um ser tão pequeno e não humano é capaz de expressar tantas emoções, de dar tanto amor, de ser tão puro e genuíno… E eu acho que vou aprender muito com ela – a simplificar, a viver o momento, a deixar de lado aquelas características humanas que tenho tão vincadas (A ansiedade, o medo irracional, a preocupação, o pensar sempre no futuro…). Foi, sem dúvida, o melhor de 2018.

Mudei-me para o meu ninho

A semelhança do que aconteceu com a Luna, se me dissessem que por esta altura iria ter a minha casa, eu ia achar que estava tudo doido. Mas mais uma vez, aconteceu!

Ter a minha própria casa era um objectivo meu. Aliás, enquanto que o sonho de vida de algumas pessoas é casar, ou ir de férias para um destino paradisíaco, ou ter o seu carro de sonho, o meu era ter a minha casa. E não era uma casa qualquer – uma casa pequena mas funcional, com muita luz, decorada à minha maneira… enfim, o que eu queria mesmo era um ninho e não uma mansão.

                E o fim de 2018 presenteou-me com esta oportunidade! No inicio de dezembro mudei-me oficialmente para o meu pequeno paraíso que, apesar de ainda não estar 100% concluído, está perfeito para mim e eu não podia estar mais feliz! Sinto-me bem lá. É a minha casa, é o meu espaço, é meu e eu irei ser feliz lá!

                Sei que prometi (no IG) partilhar a história (com direito a muitas fotos!) da minha casa mas ainda não consegui fazer esse post. Prometo que será para breve e espero que gostem tanto quanto eu!

Calculo que devam estar a perguntar porque é que esta conquista não está na categoria do “Muito Bom” … E eu irei a explicar num minuto! Mas antes disso, a entrada no Doutoramento foi muito inesperada – ainda por cima, com direito a uma bolsa de doutoramento!

A verdade é que foi algo que aconteceu muito rápido e confesso que acho que não estava preparada para um desafio tão grande assim tão de repente! Acho que precisava de amadurar um pouco quer a nível pessoal quer a nível profissional para conseguir levar esta aventura de forma mais leve desde o inicio.

Mas eu não sou pessoa de desistir e muito menos de uma oportunidade destas e confesso que agora que já estou a terminar o primeiro ano de Doutoramento (como o tempo voa…!) já estou mais que adaptada e motivada para levar este desafio avante! Além disso, estou a aprender imenso, e estou agora a desfrutar a experiência na plenitude e por isso a entrada no Doutoramento foi algo Bom no meu ano!

Voltei a treinar no Ginásio

Já não pisava um ginásio desde… o verão de 2017! O que não quer dizer que não tenha treinado (que não foi, de todo, o caso), mas estava a treinar de forma desorientada e potencialmente arriscada demais!

Então agora no final do ano surgiu a oportunidade de, com ajuda de um amigo meu que é Personal Trainer, retomar aos meus treinos e, com muita esperança, voltar a estar em forma e a sentir-me bem física e mentalmente em 2019!

E admito… Já tinha saudades deste tipo de treino!

E isto devo somente a vocês! Agradeço imenso por estarem aí desse lado a ler os meus desvaneios ou a acompanhar o meu dia-a-dia no instagram! Este ano foi um ano de conquistas na minha vida “online” que, honestamente, foram algo inesperadas! Isto porque tanto o meu IG como o meu Blog começaram por ser – e ainda são – cantinhos onde eu quero partilhar um pouco de mim e dos meus gostos e não uma ferramenta de negócio ou uma forma de atingir popularidade.

Mas a verdade foi que este ano aconteceram algumas coisas boas! Fiz a minha primeira parceria – com a EU Nutrition –, tive oportunidade de fazer Reviews de duas Japan Candy Boxes (podem ver aqui e aqui), contactei com alguns pequenos negócios nacionais que de uma forma ou de outra fui capaz de ajudar, e ainda participei em alguns eventos em parceria com restaurantes de Lisboa (Que podem ler aqui os meus reviews: Pão à Mesa Com Certeza & TreeStory).

Mas mais que isto... Tudo isto das redes sociais fez-me conhecer pessoas maravilhosas, trocar experiências e aprender muito com histórias que fui descobrindo... e senti-me parte de uma pequena comunidade online que, apesar de não nos conhecermos pessoalmente, criamos uma espécie de família. E o melhor de tudo é o apoio que senti, o carinho que recebi, a força que se criou e que eu trago comigo no coração e não sei como agradecer porque palavras não são suficientes. 

Fico mesmo muito grata pelas oportunidades e pela confiança que depositam em mim, fico extremamente feliz com cada um dos bons feedbacks que recebo da vossa parte relativamente a este meu “trabalho”, e especialmente estou grata pelo carinho e pelo apoio. Espero que continuem aí a acompanhar-me durante 2019! Prometo dar o melhor de mim!

A minha saúde (física e mental) não estiveram bem

O meu corpo cedeu… desde o inicio do ano que a minha saúde não tem sido muito promissora e levei bastante tempo a perceber o que realmente estava errado. Percebi que muito do que nos acontece no corpo físico está associado à nossa mente, e que muitas vezes os problemas existem de facto mas estamos tão habituados a conviver com eles que nem reparamos que eles cá estão até levarmos um verdadeiro abanão.

Eu levei um abanão. Tive uma wake up call do meu corpo, depois de muitas chamadas de atenção e sinais que ignorei. Chamadas de atenção, inclusivamente, de pessoas de fora que estavam a perceber que algo de errado se passava, apesar de não saberem o que era.

Depois de perceber que algo estava errado, demorou também haver um nome para esse problema. Acho que é essencial saber em concreto o que se passa para ser mais fácil aceitar e resolver. Depois de ter um nome, tive o azar de apanhar uma profissional que, apesar de ter bom nome na devida área de intervenção, não foi capaz de me tratar da forma que eu precisava. Neste momento, estou a tentar dar a volta à questão e espero que 2019 me traga de novo a saúde que perdi durante este tempo todo.

Tive de me mudar para o Porto

Como disse acima ao falar do doutoramento, tudo aconteceu muito rápido. Uma das coisas que o Doutoramento me fez fazer foi mudar para o Porto durante quase 6 meses. Dont get me wrong – eu acho o Porto uma cidade linda, riquíssima e com uma gastronomia maravilhosa! O problema foi que eu não estava NADA preparada para ir para lá.

Primeiro, só soube que tinha de ir para o Porto duas ou três semanas antes de realmente ter de lá estar na minha forma física – o que foi um choque e não me deu tempo nem para me preparar psicologicamente nem para organizar uma mudança de forma harmoniosa. Além disso, como não estava bem nem física nem psicologicamente foi tudo muito duro. E a cereja no topo do bolo – estava sozinha. E a solidão realmente acabou comigo.

Acho que se o meu doutoramento tivesse começado em Lisboa (como, aliás, era suposto ter acontecido), e posteriormente fosse para o Porto, tudo tinha sido muito mais fácil. Já estava integrada na turma, já tinha percebido a mecânica do doutoramento, já me sentia mais segura, mais apoiada e menos sozinha. Mas não foi isso que aconteceu e esta mudança foi uma valente aprendizagem que, infelizmente, me deixou algumas marcas menos boas.

Foi de facto um ano louco! Tantas coisas grandes e intensas aconteceram e eu tive de as acompanhar da melhor forma que consegui. Agora que tudo já está a tranquilizar, vejo que realmente vivi todas estas aventuras a correr e de forma muito forte. Gostaria de ter aproveitado e desfrutado das muitas coisas boas que se passaram com mais calma e mais ponderação, mas não foi possível na altura. Ainda assim, acabo 2018 com um balanço positivo e muito feliz com tudo o que se passou!

Para 2019 não faço promessas – mas tenho alguns desejos. Espero recuperar a minha saúde, acalmar um pouco este ritmo frenético da minha vida e desfrutar mais do aqui e do agora. Espero que seja um ano mais calmo, sem tantos altos e baixos e tantas loucuras a acontecer, mas que seja um ano de aprendizagem, de evolução e de conquistas!

E para vocês que me acompanham desse lado, que 2019 seja o vosso ano!