5 lições que aprendi com Yoga
13.5.21A minha primeira experiência com esta atividade milenar foi no auge da minha adolescência, aos 16/17 anos. Achava o yoga aborrecido, coisa de pessoas que não tinham energia para outras atividades, mas a minha mãe lá me convenceu a ir com ela.
No primeiro dia, lá está, armei-me em boa. Apesar de ter a
mesma flexibilidade que um poste (daqueles de cimento mesmo!), esforcei-me
mesmo muito para fazer as poses e tudo mais. Resultado? Andei uma semana com
dores no abdominal, coisa que nunca tinha tido até então.
Essa foi a primeira lição que aprendi com o Yoga: Não subestimar
uma arte que não domino. Claro que naquela altura não estava, de todo,
preparada para aceitar as aprendizagens que o Yoga nos pode dar, e acabei por
desistir.
No entanto, nos meus 26 anos, um pouco antes do primeiro
confinamento, decidi dar mais uma chance ao Yoga e comecei a seguir aulas
online. A minha ideia inicial era iniciar-me na atividade física após um período
parada devido à minha recuperação, mas o que é facto é que desde então, o Yoga
tornou-se parte da minha rotina.
A minha maturidade é diferente, e este processo de
introdução do Yoga na minha vida ensinou-me muitas coisas que aplico tanto no
tapete como fora dele - coisas essas que quero partilhar convosco!
Não subestimar uma arte que não domine
Okay, eu dei um spoiler sobre esta lição, mas de facto acho
que foi uma aprendizagem essencial. Acho que é inevitável fazermos este tipo de
julgamentos em relação ao Yoga, mas também em relação a tudo, só que muitas
vezes as coisas não são o que parecem. O Yoga, enquanto atividade física, mexe
muito mais com os nossos músculos do que parece, e enquanto atividade mental e
espiritual, realinha-nos o nosso pensamento e as nossas emoções.
Mexer com propósito
Inicialmente, quando recomecei a prática do Yoga,
concentrava-me muito (mais uma vez) em fazer as poses. No entanto, com o tempo,
comecei a focar-me mais no porquê de existirem certos movimentos, certas
posturas e certas transições. A verdade é que as sequências do yoga são feitas
com um propósito, e todos os elementos dessa “coreografia” têm um objetivo que
vai mais além do que aquelas poses fenomenais. Ao conectarmo-nos com o nosso
corpo naquele momento, conseguimos perceber até as tensões mais sublimes, e determinados
movimentos conseguem desbloqueá-las, se mantermos a mente aberta a mais do que
somente às poses.
Estar parado é mais difícil do que estar em movimento
Se forem como eu, sofrem que um grande mal chamado bichos
carpinteiros. Para mim, é muito difícil estar parada – inclusivamente estar a
ver um filme ou uma série, sentada no sofá, sem fazer nada, é muito desafiante.
Fazer meditação, por exemplo, comigo só funciona quando estou a passar por períodos
de ansiedade. Mas com o Yoga, tenho aprendido a parar, a desligar, a relaxar
por completo durante curtos períodos de tempo, mas sobretudo a apreciar esses
momentos sem sentir que estou “a perder algo”.
Yoga não é só para quem é flexível
Tinha este mito na minha cabeça, e acho que foi algo que me
desmotivou muito na minha primeira experiência. Eu não sou muito flexível, como
puderam constatar com o que disse lá acima. No entanto, não precisamos de ter flexibilidade
para fazer Yoga. De facto, GANHAMOS flexibilidade a fazer Yoga, mas não temos
de a ter para começar a praticar.
Mais do que trabalhar o nosso físico, trabalha a nossa mente
O Yoga une o nosso corpo físico com o nosso corpo
mental/espiritual, e por isso, de cada vez que subo ao tapete, sinto que
descubro algo sobre mim nessas duas camadas. Mais do que isso, sinto que evoluo
física e emocionalmente. Durante este ano e tal de prática regular, não só
ganhei flexibilidade e resistência física, como aprendi a ser mais paciente, a perceber
os sinais do meu corpo, e a aceitar que por vezes o nosso corpo físico não está
ao mesmo nível da nossa vontade emocional e está tudo bem!
Alguma vez praticaram yoga?
2 comentários
Faço yoga há dois anos e é das melhores coisas da minha vida! Por isso, não podia concordar mais com as tuas lições! :)
ResponderEliminarbeijinhos
www.amarcadamarta.pt
Já experimentei fazer, foi uma experiência boa no entanto não me identifico muito com a atividade. Se calhar se for mais vezes vou começar a gostar quando me der o click do que é na verdade o Yoga.
ResponderEliminarObrigada pela partilha :)
Beijinhos